Em primeiro lugar, vale ressaltar que em uma empresa é de extrema importância reconhecer a necessidade de promover um ambiente de trabalho saudável e com as melhores condições para o trabalho e desenvolvimento das individualidades dos funcionários, em prol da produtividade e em melhores resultados. Em síntese, esse é o objetivo da Ergonomia.
Portanto, a Ergonomia é um diferencial para a empresa e seus colaboradores. Por isso, é fundamental conhecer e avaliar o espaço físico, o clima organizacional e a carga mental dos funcionários.

O que é Ergonomia e qual a sua importância no ambiente de trabalho?
Regulamentada pela Norma Regulamentadora No. 17 (NR-17), definimos como Sistemas Ergonômicos o conjunto de regras e procedimentos que tem como foco os cuidados com a saúde do profissional, dentro e fora do ambiente de trabalho. Tendo como objetivo principal aumentar o conforto, saúde e segurança do trabalhador, a Ergonomia oferece melhores condições de trabalho aos funcionários de uma empresa, adequando os espaços físicos e processos organizacionais.
Tipos de Ergonomia:
Ergonomia Física:
Sobretudo, ao observar como os trabalhadores executam atividades físicas na empresa, estuda-se a relação entre a anatomia humana, fisiologia, biomecânica e antropometria. Dessa forma, o foco é na prevenção de posturas inadequadas e distúrbios musculoesqueléticos, além da atenção ao manuseio de materiais e movimentos repetitivos.
A Ergonomia física é subdivida em dois itens:
- Ergonomia física operacional: solidifica e mantém constante os processos que oferecem boas condições de trabalho, evitando sobrecarga ao profissional.
- Ergonomia física de correção: ao analisar a temperatura, no ambiente visual e sonoro, foca melhorar o ambiente de trabalho e particularidades que causam desconforto.
Exemplo de aplicação: EPI’s ou mobiliário ajustável.
Ergonomia Organizacional:
Ademais, a análise do ambiente de trabalho abrange o clima organizacional, cultura, processos e políticas da empresa, visando aspectos como trabalho em equipe, gestão de qualidade e gestão do tempo.
Da mesmo forma que a Ergonomia física, a Ergonomia organizacional apresenta uma subdivisão:
- Ergonomia organizacional de concepção: detém apreço ao aperfeiçoamento dos ambientes de trabalho que sejam complacentes aos colaboradores
- Ergonomia organizacional participativa: criação de núcleos de fiscalização, estes que levam solicitações por melhores condições de trabalho aos diretores
Exemplo de aplicação: mudanças no modo de liderança executado, feedbacks e organização temporal do trabalho

Ergonomia cognitiva:
Assim, destaca-se que o foco de estudo está centrado nos processos mentais, como o raciocínio utilizado pelo funcionário na execução do seu serviço, por exemplo. Envolvem ações de treinamento e desenvolvimento dos funcionários.
Ademais, a conscientização em engajar os colaboradores, seja por meio de comunicados ou palestras, acarreta na melhora na relação com a Ergonomia e seus impactos.
Exemplo de aplicação: promover treinamentos e desenvolvimento dos funcionários.
NR-17: sua funcionalidade e aplicabilidade na Ergonomia
A princípio, conhecida como Norma Regulamentadora 17, mais conhecida como NR 17, pelo Ministério do Trabalho e vigente a partir de junho de 1978. Com o passar do tempo, houveram mudanças significativas nos ambientes de trabalho o que resultou na necessidade de atualização da norma, cuja última revisão foi no ano de 2018.
Em segundo lugar, o objetivo da NR 17 é garantir a segurança do trabalhador, tendo regras para atividades que podem ser potencialmente prejudiciais, como por exemplo a postura inadequada, repetição de movimentos, iluminação deficiente, levantamento de cargas pesadas, entre outros. Dessa forma, constata-se a importância desta NR com fundamentos da ergonomia para auxílio em manter os colaboradores saudáveis e zelando pelo bem-estar da sociedade como um todo.
Nessa linha de pensamento, a implementação da Ergonomia no ambiente de trabalho beneficia não apenas o trabalhador, mas também a empresa como um todo. Isso se reflete diretamente nos resultados, como aumento de produtividade, clima organizacional favorável, satisfação dos trabalhadores, redução de acidentes e doenças ocupacionais, além da diminuição de atrasos e faltas.
Acesse também: Da Decisão à Ação: Como a NR-12 Pode Fazer a Diferença em Projetos Industriais.
Aplicações Ergonômicas:
Como já citado anteriormente, a Ergonomia no trabalho segue a NR-17, esta que segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho. Sabendo disso, existe duas formas de aplicar os conceitos da ergonomia:
- Através de um laudo ergonômico: documento elaborado após a solicitação por parte de um juiz em causas trabalhistas, o magistrado identifica a estrutura oferecida pela empresa, verificando se há condições que possam causar danos à saúde do trabalhador. O objetivo do laudo é fazer a análise das condições de trabalho dos departamentos administrativos e produtivos da empresa.
- Por meio da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) podemos identificar problemas e propor melhorias nas condições de trabalho, visando a integridade física e saúde dos colaboradores. Planejar e executar planos, levantar custos, avaliar os resultados e promover melhoria constante é o caminho desta análise.
Acesse também: 5W2H – Como montar um plano de ação para a sua empresa.
Nesse contexto, o ambiente da Engenharia de Produção, a Ergonomia pode ser percebida na contribuição na melhoria da qualidade dos produtos e processos. Portanto, a ciência busca estabelecer normas a serem seguidas com o intuito de amparo às questões físicas, cognitivas e psicológicas no ambiente de trabalho.
Enfim, demonstrar preocupação com Ergonomia no trabalho, torna-se notável o impacto positivo causado nos colaboradores. Exemplo disso, é se sentirem valorizados e confiantes, gerando mais disposição para exercer suas funções, cumprir as demandas e diminuir o absenteísmo. Todavia, eleva-se a produtividade e a redução de riscos para possíveis acidentes.

Conclusão:
Em resumo, nota-se que a Ergonomia desempenha uma função essencial para manter o ambiente de trabalho harmonioso e seguro para todos. Esse conceito é definido como ciência que busca garantir a saúde dos profissionais, pode ser desdobrada em três vertentes, sendo elas: física, organizacional e cognitiva.
- Um exemplo do tipo físico é a avaliação da cadeira usada para o trabalhador.
- Um exemplo da vertente organizacional é a orientação de mudanças no modo de liderança executado.
- Já a classificação cognitiva pode-se relacionar com a promoção de treinamentos para os funcionários.
Assim sendo, a NR-17 orienta a ergonomia, garantindo qualidade em processos e produtos conforme suas diretrizes específicas. Isso, graças à relação da temática com a Engenharia de Produção.
No entanto, implementar ou revisar as regras da NR 17 sem profundo conhecimento na sua empresa pode ser desafiador, resultando em perda de tempo, produtividade e receita. Portanto, contate-nos para se beneficiar do nosso time especializado pronto para auxiliá-lo.